O poder das mandalas na regulação emocional

A arte como ferramenta para acalmar a mente

Vivemos em um mundo acelerado, onde a sobrecarga de informações e as exigências do dia a dia frequentemente nos afastam de nós mesmas. Nesse cenário, a arte surge como um respiro, em especial as mandalas, uma forma de desacelerar e reconectar com o que realmente importa. Afinal, desenhar, pintar ou simplesmente brincar com cores e formas pode ser mais do que um passatempo – pode ser uma ferramenta poderosa para transformar emoções e encontrar equilíbrio.

 

O simples ato de criar algo com as próprias mãos nos convida a pausar, a estar presentes e a ouvir o que o nosso mundo interno tem a dizer. Além disso, a arte tem um impacto direto no cérebro e no corpo, reduzindo o estresse e promovendo sensações de bem-estar. Entre as inúmeras formas de expressão artística, as mandalas se destacam por seu profundo impacto emocional e simbólico.

 

Meu primeiro contato com o poder das mandalas

Meu primeiro contato com a criação de mandalas foi transformador. Ao desenhá-las e colori-las, percebi uma sensação de calma profunda, como se minha mente encontrasse um ponto de equilíbrio. A experiência foi tão marcante que senti a necessidade de entender por quê aquilo acontecia. No entanto, ao pesquisar sobre o tema, encontrei apenas explicações superficiais ou excessivamente poéticas. 

 

As fontes repetiam que “mandala, em sânscrito, significa círculo” e falavam sobre seus benefícios, mas sem embasamento sólido. Isso me frustrou. Eu sabia que as mandalas eram poderosas, pois havia sentido isso na prática, mas queria compreender sua base científica e psicológica. 

 

Essa lacuna no conhecimento me motivou a ir além: mergulhei em uma pesquisa teórica por seis meses e testei na prática com um grupo de mulheres, validando os efeitos reais dessa arte na regulação emocional. Descobri, então, que esse impacto não era apenas uma percepção pessoal, mas algo fundamentado em pesquisas sobre neurociência e psicologia da arte. Neste artigo, compartilho essas descobertas com vocês.

 

Mandalas: um caminho acessível para o bem-estar

As mandalas são muito mais do que simples desenhos circulares. Presentes em diversas culturas ao longo da história, elas simbolizam a totalidade, a conexão com o universo e o equilíbrio interior. Seu formato circular e seus padrões organizados trazem uma sensação de harmonia, promovendo um estado de relaxamento profundo.

 

O mais fascinante é que qualquer pessoa pode experimentar esse efeito, independentemente de habilidades artísticas. Não é necessário ser uma artista para sentir os benefícios de desenhar ou colorir uma mandala – basta permitir-se viver o processo, sem julgamentos. Além disso, essa prática pode ser uma excelente aliada para aliviar a ansiedade, acalmar a mente e trazer mais clareza emocional.

 

Nos próximos tópicos, exploraremos com mais profundidade por que as mandalas impactam nosso cérebro e como podemos usá-las como ferramenta para a regulação emocional. Se você já teve alguma experiência com mandalas, talvez reconheça essa sensação de paz que elas despertam. E se ainda não experimentou, convido você a embarcar nessa jornada e descobrir o poder das mandalas em sua própria vida.

O que são mandalas e por que elas nos impactam?

As mandalas, presentes em diversas culturas ao longo da história, possuem um significado muito mais profundo do que um simples desenho circular. Elas simbolizam a totalidade, a conexão entre o interno e o externo e a busca pelo equilíbrio emocional. Mas o que torna essas formas tão poderosas? Para entender sua influência, é essencial explorar suas origens, sua presença nas tradições ancestrais e a forma como grandes estudiosos interpretaram seu impacto na psique humana.

 

Origem e significado das mandalas

Presença das mandalas em diferentes culturas e tradições

Desde os tempos antigos, a humanidade se fascinou por formas circulares. Civilizações como os tibetanos, os hindus, os indígenas americanos e até povos cristãos utilizaram mandalas como símbolos de espiritualidade, proteção e transformação. No budismo e no hinduísmo, por exemplo, as mandalas são utilizadas como ferramentas meditativas, guiando a mente para um estado de contemplação e conexão com o divino. Já nas tradições ocidentais, encontramos padrões semelhantes em vitrais de catedrais góticas e em desenhos rituais de diferentes povos.

Embora cada cultura tenha atribuído significados próprios às mandalas, todas convergem para um ponto em comum: sua estrutura organizada remete à harmonia universal e ao ciclo da vida, promovendo um efeito quase hipnótico sobre quem as observa ou as cria.

 

A visão de Carl Jung: a mandala como representação do self e da psique

No século XX, Carl Jung, renomado psiquiatra suíço, trouxe uma nova perspectiva sobre as mandalas. Para ele, elas não eram apenas símbolos espirituais, mas também expressões espontâneas do inconsciente. Durante sua prática clínica, Jung observou que muitos de seus pacientes desenhavam mandalas intuitivamente, especialmente em momentos de transformação ou crise emocional. 

Essa descoberta foi reforçada por sua própria experiência pessoal. Durante um período de intensa introspecção, ele registrou seus processos internos por meio de desenhos em seu Livro Vermelho e percebeu que, repetidamente, criava símbolos circulares com pequenas variações. Esses padrões lhe proporcionavam alívio emocional e, com o tempo, ele compreendeu que as mandalas eram uma forma de comunicação do seu inconsciente, ajudando-o a organizar sua psique e encontrar equilíbrio.

Mandala e o conceito de Self

Segundo sua teoria, a mandala representa o “self” – o centro da psique humana. Criá-las ou contemplá-las seria um processo natural de reorganização interior, ajudando o indivíduo a integrar partes fragmentadas de sua personalidade. Para Jung, a prática de desenhar mandalas era uma forma poderosa de autorregulação emocional, permitindo que conteúdos internos emergissem de maneira simbólica e fossem assimilados de forma equilibrada.

Conceito de Self

Nise da Silveira e as mandalas no processo terapêutico

No Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira aprofundou ainda mais essa compreensão ao observar os desenhos de seus pacientes em um hospital psiquiátrico. Em seu trabalho inovador, ela percebeu que o símbolo da mandala surgia espontaneamente nas produções artísticas de indivíduos em sofrimento psíquico. Para Nise, isso não era coincidência.

Ela interpretou o aparecimento das mandalas como um sinal de que a psique do paciente estava buscando, de forma instintiva, um processo de reorganização e equilíbrio. Ao permitir que essas criações ocorressem livremente, sem repressões ou interpretações forçadas, ela notou que muitos de seus pacientes apresentavam melhoras significativas.

 

Mandalas e o reequilíbrio emocional na terapia de Nise

A abordagem terapêutica de Nise da Silveira revolucionou a psiquiatria ao demonstrar que a expressão artística, especialmente por meio das mandalas, estava diretamente associada ao reequilíbrio emocional. Para alguns pacientes, o simples ato de desenhar ou pintar esses símbolos não apenas reduzia a agitação interna, mas também favorecia a recuperação psíquica em níveis profundos.

 

Isso reforça a ideia de que as mandalas não são apenas formas bonitas ou padrões simétricos; elas possuem um impacto direto no inconsciente e podem atuar como agentes de transformação. Se grandes estudiosos perceberam esse efeito, o que acontece em nosso cérebro quando nos conectamos com essas formas?

 

O impacto visual e simbólico das mandalas no cérebro

Como a simetria e os padrões repetitivos influenciam a sensação de ordem interna

Nosso cérebro é naturalmente atraído por padrões simétricos e organizados. A neurociência já demonstrou que elementos visuais bem estruturados, como os encontrados nas mandalas, ativam áreas associadas ao prazer estético e à percepção de equilíbrio. Esse efeito pode ser comparado ao que sentimos ao observar uma paisagem harmoniosa ou ao ouvir uma música com uma melodia agradável.

 

Quando desenhamos ou pintamos mandalas, direcionamos nossa atenção para essa ordem interna, reduzindo o caos mental e promovendo um estado de relaxamento. Isso explica por que muitas pessoas relatam uma sensação de calma e clareza mental ao interagir com essas formas.

 

A relação entre mandalas e o princípio da neuroestética

A neuroestética, um campo da neurociência que estuda como o cérebro responde à arte, confirma que certas estruturas visuais possuem um impacto direto em nossas emoções. Estudos indicam que padrões repetitivos e formas equilibradas estimulam áreas ligadas ao bem-estar e à regulação emocional.

 

Esse princípio se aplica perfeitamente às mandalas: ao interagir com suas formas, nosso cérebro responde com sensações de prazer, relaxamento e conexão. Além disso, a repetição de traços e cores pode induzir um estado meditativo, favorecendo o foco e a atenção plena.

 

Dessa forma, não é apenas uma questão de beleza visual. As mandalas possuem um efeito real em nossa mente e emoções, tornando-se uma ferramenta valiosa para quem busca equilíbrio e autoconhecimento.

 

A Neurociência por Trás das Mandalas e da Regulação Emocional

Muitas vezes, buscamos maneiras de acalmar a mente e aliviar o estresse, mas acabamos recorrendo a distrações passageiras que não geram um impacto real no nosso bem-estar. A criação de mandalas, por outro lado, não é apenas uma prática artística ou espiritual — ela tem efeitos profundos no cérebro, atuando diretamente em regiões responsáveis pela atenção, regulação emocional e sensação de recompensa. Vamos entender como isso acontece.

 

Ativação do Córtex Pré-Frontal e Foco Atencional

O córtex pré-frontal é a área do cérebro responsável pelo raciocínio, tomada de decisões e regulação emocional. No entanto, quando estamos ansiosos ou sobrecarregados, essa região pode ficar hiperativada, dificultando a clareza mental.

O simples ato de desenhar ou colorir mandalas ajuda a acalmar essa agitação, pois direciona o foco para uma tarefa específica e estruturada. Estudos indicam que atividades artísticas, como o desenho e a pintura, ativam o córtex pré-frontal de maneira saudável, favorecendo o estado de atenção plena (Kaimal, Ray & Muniz, 2016). Esse efeito é comparável ao que ocorre durante a meditação, pois ao concentrarmos nossa atenção nos padrões e nas cores, reduzimos a ruminação mental e promovemos um estado de presença.

 

O Papel do Sistema Nervoso Parassimpático

Nosso corpo opera em dois sistemas principais: o sistema nervoso simpático, que nos mantém em alerta e preparados para reagir ao estresse, e o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento e recuperação. Quando vivemos em um estado constante de tensão, o sistema simpático fica hiperativo, dificultando o descanso e aumentando os níveis de ansiedade.

Sistema Nervoso Central

A prática das mandalas ativa o sistema parassimpático, ajudando a reduzir os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e induzindo um estado de relaxamento profundo. Isso ocorre porque a repetição de padrões, a escolha das cores e o movimento rítmico da mão no papel criam um efeito meditativo, semelhante ao da respiração consciente ou da prática de mindfulness. É como se, ao desenhar, enviássemos um sinal ao cérebro de que estamos seguros, permitindo que ele saia do estado de alerta constante.

 

A Dopamina do Esforço e do Foco

Muitas atividades que proporcionam prazer imediato, como rolar o feed das redes sociais ou comer um doce, geram um pico rápido de dopamina, mas logo depois vêm a queda e a sensação de vazio. Já a dopamina liberada durante a criação de mandalas é diferente: ela está ligada ao esforço, ao foco e ao engajamento contínuo.

 

Esse tipo de dopamina — chamada de “dopamina do esforço” — fortalece o sistema de recompensa do cérebro, promovendo uma sensação de bem-estar mais duradoura. Ao escolhermos cores, traçarmos padrões e vermos a mandala tomando forma, sentimos um prazer genuíno que nos mantém motivados e emocionalmente equilibrados. É por isso que tantas pessoas relatam um alívio imediato ao desenhar ou pintar mandalas: elas não apenas distraem, mas também reprogramam o cérebro para buscar prazer em atividades que nutrem a mente e o corpo.

 

Mandalas Como Prática Terapêutica

Criar mandalas vai muito além de uma atividade artística ou estética. É um processo terapêutico profundo, uma jornada de autoconhecimento que nos ajuda a acessar emoções, organizar pensamentos e fortalecer a relação com nós mesmos. Quando desenhamos ou colorimos mandalas com intenção, entramos em um estado de presença que nos permite sentir, compreender e até transformar aquilo que está dentro de nós.

Mandalas e Mindfulness: O Estado de Fluxo

Se você já passou horas imerso em uma atividade e perdeu a noção do tempo, experimentou o estado de fluxo. Esse conceito, estudado pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, descreve um estado mental de profunda concentração e envolvimento, no qual a mente se acalma e a experiência se torna gratificante por si só.

 

Criar mandalas facilita esse estado de fluxo porque nos envolve completamente no momento presente. A escolha das cores, o traçado dos padrões e a repetição de formas ativam a atenção plena (mindfulness), trazendo um alívio natural da ansiedade e do estresse. Em vez de nos preocuparmos com o resultado final, nos conectamos com o processo — e é justamente nesse processo que mora a transformação.

 

Expressão Emocional Através das Mandalas

Uma mandala não precisa ser “bonita” ou planejada para cumprir seu propósito terapêutico. Pelo contrário, quando nos permitimos desenhar sem a pressão estética, abrimos espaço para que ela se torne um espelho do nosso estado interno.

 

Eu percebi isso de forma muito clara nos encontros que conduzi com um grupo de mulheres. O objetivo não era apenas desenhar, mas trabalhar nossos limites e aprender a nos colocar no centro da própria vida. Algumas participantes, que no início tinham dificuldade em definir padrões ou escolher cores, começaram a perceber que essa insegurança também aparecia em outros aspectos da vida. Outras, que sempre preenchiam cada espaço sem deixar margem, notaram que tinham dificuldade em estabelecer pausas e momentos de descanso na rotina.

Essas descobertas não ficavam apenas no papel — elas reverberavam para além da prática, trazendo mudanças reais. Mulheres que antes se sentiam sobrecarregadas passaram a dizer mais “não”. Outras, que tinham medo de errar, começaram a experimentar novas possibilidades sem se cobrar tanto. A mandala se tornava um mapa interno, mostrando exatamente onde precisávamos olhar com mais carinho.

 

Comparação com Outras Práticas Terapêuticas

Cada pessoa encontra seu próprio caminho de expressão e cura. Algumas se sentem confortáveis escrevendo diários, outras preferem a meditação silenciosa. As mandalas, por sua vez, combinam elementos dessas duas práticas:

 

 Assim como a escrita terapêutica, elas nos permitem organizar emoções e dar forma ao que sentimos.

Como a meditação, elas induzem um estado de presença e relaxamento, mas de uma forma mais ativa, ideal para quem tem dificuldade em simplesmente “esvaziar a mente”.

 

A diferença principal é que, ao criar uma mandala, você não apenas expressa, mas também vê seu processo emocional se desenrolando visualmente. Isso traz uma clareza poderosa, pois às vezes não conseguimos colocar em palavras aquilo que sentimos, mas conseguimos expressá-lo em formas e cores.

 

 No final das contas, não importa qual ferramenta você escolha — o essencial é encontrar um caminho que te ajude a se ouvir. E, se você nunca experimentou criar uma mandala com intenção, talvez esteja na hora de dar uma chance a essa prática que, silenciosamente, pode transformar a forma como você se relaciona consigo mesma.

 

Como Começar a Usar Mandalas Para Regular as Emoções?

Se tem uma coisa que aprendi ao longo dos anos, é que não precisamos de técnicas avançadas ou materiais sofisticados para sentir os benefícios das mandalas. O mais importante é a experiência, o mergulho no processo. Quando deixamos de lado a preocupação com o resultado e nos permitimos simplesmente criar, as mandalas começam a revelar seu verdadeiro poder.

 

Se você nunca experimentou essa prática ou não sabe por onde começar, aqui estão algumas sugestões para dar os primeiros passos de forma simples e acessível.

 

Materiais Básicos e Primeira Abordagem

Você não precisa de um kit profissional para se conectar com essa prática. No início, o ideal é manter as coisas simples e focar mais na experiência do que na estética. Alguns materiais básicos que podem te ajudar:

  • Papel comum ou um sketchbook – Qualquer superfície em branco já é suficiente para começar.
  • Lápis, caneta ou marcador – Você pode desenhar com o que tiver disponível.
  • Lápis de cor ou aquarela – Se quiser colorir, use materiais que te tragam conforto e prazer.

Lembre-se: não existe certo ou errado. Você pode fazer mandalas geométricas bem estruturadas ou apenas explorar formas circulares intuitivamente. A ideia aqui é se permitir experimentar.

 

Exercícios Práticos Para Diferentes Momentos Emocionais

Cada momento pede uma abordagem diferente. Às vezes, precisamos organizar os pensamentos; outras vezes, só queremos aliviar a tensão do dia. A boa notícia é que as mandalas podem nos ajudar em qualquer uma dessas situações.

🌀 Mandalas espontâneas: Pegue um papel e comece a desenhar sem um plano definido. Deixe que as formas surjam naturalmente, sem esboços ou regras. Esse exercício é ideal para liberar emoções e explorar o que está no seu inconsciente.

🌿 Mandalas guiadas: Se você sente que precisa de mais estrutura, experimente seguir um traçado pré-definido. Você pode começar desenhando um círculo e preenchendo com padrões repetitivos enquanto foca na respiração. Esse método ajuda a acalmar a mente e proporciona uma sensação de ordem interna.

🎨 Colorir mandalas prontas: Se desenhar não for algo confortável para você no momento, colorir uma mandala já impressa pode ser uma ótima alternativa. Escolha as cores intuitivamente e observe como isso influencia seu estado emocional. Esse exercício simples é uma excelente ferramenta de mindfulness.

 

Dicas Para Manter a Prática no Dia a Dia

Transformar a criação de mandalas em um ritual diário pode trazer benefícios profundos para a regulação emocional. Mas, assim como qualquer prática, é preciso encontrar formas de incorporá-la na rotina sem que pareça uma obrigação. Aqui estão algumas sugestões:

 

Defina um momento do dia – Pode ser de manhã, para começar o dia com mais clareza, ou à noite, como um ritual de desaceleração. Escolha um horário que faça sentido para você.

Crie um ambiente confortável – Reserve um cantinho tranquilo, coloque uma música suave e tenha os materiais sempre à mão.

Não se preocupe com o tempo – Não precisa passar horas desenhando. Apenas alguns minutos já são suficientes para sentir os efeitos positivos.

Use como um termômetro emocional – Sempre que sentir ansiedade ou precisar de clareza mental, pegue seus materiais e desenhe ou pinte uma mandala. Com o tempo, isso se tornará uma ferramenta natural de equilíbrio emocional.

 

No final, o mais importante é se permitir. Você não precisa ser artista, não precisa seguir regras, nem precisa mostrar suas mandalas para ninguém. Essa é uma prática sua, um momento para você se conectar consigo mesma e encontrar, dentro do círculo, um espaço seguro para simplesmente ser.

 

Conclusão: Um Círculo Que Nos Acolhe

Se há algo que aprendi nessa jornada com as mandalas, é que não é preciso ser artista para sentir seus efeitos. Elas não exigem habilidade técnica, não pedem perfeição. O que importa não é o resultado final, mas o caminho que percorremos dentro delas.

 

A arte, quando vivida sem julgamentos, se torna um portal para o autoconhecimento. Cada traço desenhado, cada cor escolhida, reflete algo que já está dentro de nós – mesmo que não saibamos explicar com palavras. E é exatamente aí que mora a beleza dessa prática. As mandalas nos oferecem um espaço seguro para explorar, expressar e, acima de tudo, sentir.

 

Então, se em algum momento você se perceber ansiosa, sobrecarregada ou perdida, lembre-se: dentro de um círculo, há sempre um centro. E você pode encontrá-lo. Pegue um papel, deixe suas mãos se moverem e permita-se simplesmente estar presente.

 

🎨✨ Você não precisa saber como fazer. Basta começar.

 

 

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